Orientações:
Conforme pedido em sala, é uma atividade individual, conforme o enunciado do exercício 4 do livro didático, na página 33. No entanto, quem quiser fazer uma releitura através de um desenho ou história em quadrinhos, a atividade está aberta também a essas possibilidades. Para isso, leiam o texto O que é releitura? no link acima.
Abaixo alguns textos e imagens (nos links) para auxiliá-los na atividade.
Bom trabalho!!
Cronos
Cronos era o mais novo dos seis grandes titãs, filho de Urano (o
céu) e de Gaia (a
terra) e comandante dos Titãs. Gaia aborrecida com o fato de que cada vez
que tinha um filho, Urano o
devolvia ao seu ventre, ela tramou com seu filho Cronos um plano
contra o marido. Assim incitado pela mãe e ajudado pelos irmãos, os Titãs,
esperou que Urano,
seu pai, dormisse e o castrou, o que separou o céu da terra. Do
sangue de Urano que
caiu sobre Gaia nasceram
os Gigantes, as Eríneas e as Melíades. Dos testículos de Urano atirados
ao mar, formou-se uma espuma de esperma, de onde brotou Afrodite, a
deusa do amor. Cronos ocupou o lugar do pai e casou com a sua irmã, Réia,
tornando-se o primeiro rei dos deuses. Reinou durante um período de
prosperidade, conhecido como a Idade Dourada, porém seu reinado era
ameaçado por uma profecia segundo a qual seria destronado por um de seus
filhos. Temendo a profecia devorava todos os filhos que lhe dava sua
mulher, Réia,
tal como o tempo devora todos os
instantes, até que esta o enganou e conseguiu salvar Zeus, seu sexto
filho, ocultando-o em uma caverna na ilha de Creta, dando ao marido para comer
uma pedra embrulhada em um pano, que ele devorou sem nada perceber.
Quando Zeus cresceu,
conseguiu libertar os ciclopes, seus tios, que se juntaram a ele com as
oceânidas Métis, deusa da prudência, e Estige e seus filhos
e Prometeu,
filho do titã Jápeto, este um dos filhos de Gaia e Urano. Com ajuda
de Métis fez Cronos vomitar todos os outros irmãos, Deméter, Hera, Hades, Héstia e Poseidon, e o
expulsou do Olimpo, banindo-o com seus titãs aliados para o Tártaro, lugar
de tormento, depois de uma guerra de dez anos que ficaria conhecida
como titanomaquia. E assim como o
pai simbolizava o tempo, ao derrotá-lo, Zeus tornou
os deuses imortais.
Édipo
Laio, rei
da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não
poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria
morto pelo próprio filho, que se casaria com a mãe.
O rei de
Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do que
havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para
que ela morresse.A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao nome
Édipo, que significa pés inchados. O
menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a Polibo,
o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também
foi até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu
destino era matar o pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e
foi em direção a Tebas. No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para
que ele abrisse caminho para passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou
com ele até matá-lo.
Sem saber
que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. No
caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que
atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os
decifrasse. O enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que
de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o
homem, pois na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos, ao meio-dia
(idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) precisa das duas pernas
e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se matou.
O povo de
Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa.
Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o
oráculo, que respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio
não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e
Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.
Narciso
Quando Narciso nasceu,
sua mãe, uma ninfa belíssima, consultou o adivinho Tirésias para saber se
aquele filho de extraordinária beleza viveria até o fim de uma longa velhice.
Pareceram sem sentido as suas palavras:
— Sim, se ele não chegar
a se conhecer.
Narciso cresceu, sempre
formoso. Jovem, muitas moças e ninfas queriam o seu amor, mas o rapaz
desprezava a todas.
Um dia, Narciso caçava na
floresta quando a ninfa Eco o viu. Eco, por causa de uma punição que Hera lhe
infligira, só era capaz de usar da voz para repetir os sons das palavras dos
outros. Ao se deparar com a beleza de Narciso, a ninfa se apaixonou por ele e
se pôs a segui-lo. Quando resolveu manifestar o seu amor, abraçando-o, Narciso
a repeliu.
Desprezada e
envergonhada, Eco se escondeu nos bosques com o rosto coberto de folhagens. O
amor não correspondido a foi consumindo pouco a pouco, até que, depois de
reduzida a pele e osso, seu corpo se dissipou nos ares. Restou-lhe, apenas, a
voz e os ossos, que, segundo dizem, tomaram a forma de pedras.
Um dia, uma das muitas
jovens desprezadas por Narciso, erguendo as mãos para o céu, disse:
— Que Narciso ame também
com a mesma intensidade sem poder possuir a pessoa amada!
Nêmesis, a divindade
punidora do crime e das más ações, escutou esse pedido e o satisfez.
Havia uma fonte límpida,
de águas prateadas e cristalinas, de que jamais homem, animal ou pássaro algum
se tinham aproximado. Narciso, cansado pelo esforço da caça, foi descansar por
ali. Ao se inclinar para beber da água da fonte, viu, de repente, sua imagem
refletida na água e encantou-se com a visão.
Fascinado, quedou
imóvel como uma estátua, contemplando seus próprios olhos, seus cabelos dignos
de Dioniso ou Apolo, suas faces lisas, seu pescoço de marfim, a
beleza de seus lábios e o rubor que cobria de vermelho o rosto de neve.
Apaixonou-se por si mesmo, sem saber que aquela imagem era a sua, refletida no
espelho das águas.
Nada conseguia arrancar
Narciso da contemplação, nem fome, nem sede, nem sono.
Várias vezes lançou os
braços dentro da água para tentar inutilmente reter com um abraço aquele ser
encantador. Chegou a derramar lágrimas, que iam turvar a imagem refletida.
Desesperado e quase sem forças, foram estas suas últimas palavras:
— Ah!, menino amado por
mim inutilmente! Adeus!
O lugar em que estava fez
ecoar o que dissera. E quando proferiu “Adeus!”, Eco também disse “Adeus!”.
Em seguida, esgotado,
Narciso se deitou sobre a relva, e a Noite veio fechar seus olhos. Diz-se que,
nos Infernos, Narciso continua a contemplar sua imagem refletida nas águas do
rio Estige.
As ninfas, juntamente com
Eco, choraram tristemente pela morte de Narciso. Já preparavam para o
seu corpo uma pira quando notaram que desaparecera. No seu lugar, havia apenas
uma flor amarela, com pétalas brancas no centro.
Prometeu e a criação do homem
Prometeu e a criação do homem
Segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e a seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e
todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu
encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada
animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a
um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém,
quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu
gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão
Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto
assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o
fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
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