quinta-feira, 21 de abril de 2016

Isenção da Taxa de Inscrição do Vestibular Unicamp 2017

Pedidos de isenção da Taxa de Inscrição do Vestibular Unicamp 2017 podem ser feitos até dia 23 de maio


A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) receberá os pedidos de isenção da taxa de inscrição do Vestibular Unicamp 2017 até dia 23 de maio, exclusivamente pela internet, nesta página. Para finalizar o processo, o candidato deverá enviar a documentação necessária (descrita no Edital), pelo correio, para a Comvest até o dia 24 de maio. A falta de qualquer documento e/ou o envio após o prazo excluem o candidato do processo.
Este ano, continuam valendo as duas mudanças promovidas no ano passado. A primeira delas é que para candidatos às licenciaturas em período noturno (modalidade 3) não há mais a exigência de haver cursado escola pública, ou seja, candidatos oriundos de escolas particulares também poderão pedir a isenção da taxa de inscrição. A outra mudança diz respeito aos candidatos das demais modalidades, em que não é mais exigido ter cursado o ensino fundamental II na rede pública, mas somente o ensino médio, integralmente.
As isenções da taxa de inscrição do Vestibular Unicamp são oferecidas em três modalidades: 1- para candidatos provenientes de famílias de baixa renda (renda líquida máxima de R$1.100,00 por morador do domicílio); 2- funcionários da Unicamp/Funcamp; e 3- para aqueles que se candidatarem aos cursos de Licenciatura em período noturno (Ciências Biológicas, Física, Letras, Licenciatura Integrada Química/Física, Matemática e Pedagogia).
Os pré-requisitos são: ter cursado o ensino médio integralmente em instituições da rede pública de educação (não se aplica à modalidade 3); ser residente e domiciliado no Estado de São Paulo e já ter concluído ou concluir em 2016 o ensino médio. A Comvest oferece 6.640 isenções na modalidade 1; 100 na modalidade 2 e um número ilimitado de isenções namodalidade 3.
A lista dos estudantes contemplados com a isenção será divulgada dia 29 de julho. Também a partir desta data, os contemplados começam a receber – exclusivamente via correio eletrônico – um comunicado de que foram beneficiados. Importante: Os contemplados não são automaticamente inscritos no Vestibular Unicamp 2017. É preciso, posteriormente, fazer a inscrição no vestibular, utilizando o código de isento fornecido pela Comvest. Para efetuar sua inscrição no Vestibular Unicamp, os candidatos isentos deverão utilizar um formulário específico.
O calendário completo com as datas de inscrição e provas do Vestibular Unicamp 2017 será divulgado no início de maio, nesta página.
Isenções no ano passado
No Vestibular Unicamp 2016, 5.995 candidatos que pediram a Isenção e preencheram os requisitos necessários para receber o benefício foram isentos de pagar a taxa de inscrição. A Comvest recebeu 7.298 pedidos. O Programa de Isenção do Vestibular Unicamp é parte do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS), que prevê que estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública de ensino brasileira recebam pontos a mais nas notas obtidas no Vestibular Unicamp.

Fonte: Comvest

quarta-feira, 20 de abril de 2016

ENEM 2016

INSCRIÇÃO

Fique atento ao período de inscrições. Você pode se inscrever no Enem 2016, exclusivamente pela internet, das 10h do dia 9 de maio de 2016 às 23h59 do dia 20 de maio de 2016.

Mantenha seus dados de contato (email e telefone) atualizados. O Inep poderá enviar informações importantes sobre o exame. As comunicações são feitas pelos contatos informados na inscrição.

Qualquer alteração nos dados cadastrais, opção de cidade de provas ou de língua estrangeira serão permitidas apenas durante o período de inscrição.
Se você precisar de atendimento especializado e/ou específico, nos dias de realização do exame, lembre-se de fazer a solicitação no ato da inscrição.
IMPORTANTE
Os participantes que necessitarem de atendimento especializado para autismo, dislexia, déficit de atenção, discalculia, deficiência intelectual ou outro atendimento deverão enviar documento comprobatório, no qual conste o CID-Cadastro Internacional de Doenças, por meio da Página do Participante, de 1º a 8 de junho de 2016.
Nome Social
Travestis e transexuais que pretendem ser identificados pelo nome social devem fazer a inscrição normalmente, no período estabelecido no edital, de 9 a 20 de maio. Entretanto, para usar o nome social, precisam encaminhar cópia de documento de identificação, foto recente e formulário disponível on-line, preenchido, entre os dias 1º e 8 de junho próximo, pelo sistema, na Página do Participante.

Mais informações disponíveis aqui.

sábado, 9 de abril de 2016

Sobre "A sociedade órfã" de José Renato Nalini ou Quando os direitos dos outros são expressões de vontades mimadas

 senhor José Renato Nalini, ex-desembargador, ex-corregedor-geral da Justiça do Estado de São Paulo e atual Secretário da Educação do governo Geraldo Alckmin, prestou um grande serviço a nós, professores da rede estadual de educação, e a sociedade em geral ao declarar no site da própria Secretaria qual é a verdadeira concepção que o PSDB tem de Estado e, consequentemente, qual o lugar da Educação dentro dessa visão:

"Afinal, Estado é instrumento de coordenação do convívio, assegurador das condições essenciais a que indivíduos e grupos intermediários possam atender à sua vocação. Muito ajuda o Estado que não atrapalha. Que permite o desenvolvimento pleno da iniciativa privada. Apenas controlando excessos, garantindo igualdade de oportunidades e só respondendo por missões elementares e básicas. Segurança e Justiça, como emblemáticas. Tudo o mais, deveria ser providenciado pelos particulares." José Renato Nalini

Diante do alvoroço causado na internet pelo texto do ilustríssimo senhor (o texto na íntegra aqui), ele nos brindou com uma pérola:


"Nalini afirmou ter mencionado apenas Segurança e Justiça por entender que sua promoção deve ser exclusivamente uma atribuição do Estado. "Citei as duas como emblemáticas porque são as duas nas quais o Estado não pode se ausentar. Porque nelas a família não pode ajudar, não pode fazer justiça com as mãos. Já educação é obrigação de todos." O secretário disse que com o artigo queria chamar a atenção para as responsabilidades da família. "A maioria do processo de educação fica a cargo do Estado. A família negligenciou o currículo culto, aquilo que as mães deveriam ensinar para as crianças." no site uol.


Que Nalini queira chamar a atenção para as responsabilidades da família no processo de educação das crianças e jovens, é uma atitude louvável. No entanto, expressar-se de maneira tão ultrapassada responsabilizando apenas as mães por esse processo chega a ser inaceitável. Além de machista, o senhor Nalini parece ignorar o fato de que temos outros arranjos familiares em nossa sociedade e que merecem a mesma consideração que qualquer família.

O senhor José Renato Nalini inicia e finaliza seu texto exaltando a importância de se recuperar "valores esgarçados" como a família e a Igreja para que possamos ter um país melhor. Que o cidadão José Renato tenha crenças e as defenda, isso é um direito. Mas que, enquanto Secretario da Educação, usando um site oficial, portanto como representante do Estado, que deve ser Laico, ele faça uma defesa da Igreja como um caminho para resolver nossos problemas de ordem social e políticos, só pode ser má-fé ou ignorância. As afirmações do senhor Nalini nos fazem pensar que talvez ele represente os pensamentos mais atrasados de uma tradição que, felizmente, vem sendo questionada até mesmo pelo representante máximo da Igreja Católica.

No entanto, voltemos ao ponto central: a defesa de privatização de serviços básicos como saúde e educação. O secretário nesse momento representa uma contradição em ato, pois, na condição de secretário da educação, ele ocupa esse cargo com o propósito de destruir o principal objeto que justifica sua existência hoje, a saber, a educação pública. Isso é o que podemos chamar de um atentado terrorista, ou seja, Alckmin chamou um secretário-bomba para implodir de vez com a Educação Pública do Estado de São Paulo.

É curioso ler no texto de Nalini que "a população se acostumou a reivindicar", e que "tudo aquilo que antigamente era fruto do trabalho, do esforço, do sacrifício e do empenho, passou à categoria de “direito”. Afinal, Nalini parece querer dizer que a reivindicação de direitos como saúde, educação, entre outros, é um abuso por parte da população mal acostumada. Mas o que dizer de um Juiz, reivindicando auxílio-moradia do Estado?



Pedir que a população, essa mesma que ele acusa de ser mal acostumada por querer saúde e educação pública, compreenda que um juiz tem que ganhar bem, e isso significa ganhar bem para comprar seus ternos em Miami,  é no mínimo falta de caráter. A falta de pudor do senhor Nalini em dizer o que disse no vídeo acima, nos faz duvidar de que ele estivesse falando sério. Gostaríamos que ele estivesse sendo irônico, porque custa, pelo menos a mim, acreditar em tamanha desfaçatez. Mas seguindo o raciocínio desse senhor, segundo o qual apenas segurança e justiça deveriam ser de competência do Estado, quanto não ganharia um juiz? Hoje o salário começa na casa dos 30 mil. Fica fácil defender que tudo o mais seja privatizado com esse salário, não fica? E que justiça é essa que faz valer a pena pagar bem a um juiz que fala contra os direitos da população?

Não fosse vivermos em tempos tão confusos e absurdos e eu arriscaria dizer que esse senhor não deve estar gozando de sua plena sanidade mental ou não tem senso de ridículo. Suas declarações soam tão estapafúrdias que seriam risíveis não fosse ele hoje um dos representantes de um projeto político que vem se perpetuando no Estado de São Paulo há mais de duas décadas, mas que nunca foi tão escancarado como ora se nos apresenta, graças mesmo às declarações do ilustríssimo secretário da educação.